terça-feira, 5 de abril de 2011

Pessach a festa da Libertação


Hoje 5 de abril, é o primeiro dia do mês hebraico de Nissan (נִיסָן), sendo que na Toráh ou nos tempos blicos era o primeiro do ano רֹאשׁ חֳדָשִׁים (rosh chodashim) e era o mês no qual selebraremos a Pessach (do hebraico פסח, ou seja, passagem), também conhecida como Páscoa judaica, é o nome da festa da passagem da escravidão do Egito para a liberdade do deserto do Sinai, mais tarde a conquista da Terra Prometida (Eretz Yisrael), é também o sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos (Chag haMatzot). Amplamente relatado em Sefer Shemot (Êxodo).A Pessach, é a festa de excelência do judaísmo de todos os tempos e de todos os lugares, a par do Shabbat.
A primeira celebração da Pessach foi à aproximadamente 3.500 anos atrás, foi nesse período que nasceu o judaísmo, em que Moshê (Moisés) recebeu de Ha-Shem toda a instrução da Toráh.
Na noite de 18 de abril é a véspera de Pessach, que se inicia dia 19  e vai até 26 de abril, que corresponde respetivamente aos dias que vão de 14 a 22 de Nissan.
No jantar de Pessach (Seder BePessach) colocam-se:
- Sobre a mesa depositam-se 3 matzot, simbolizando os tres tipos de judeus, os Levi, os Cohen e Yisrael.
- O manual da Hagadáh, para a leitura da história da pascoa e das bênçãos durante a refeição sagrada.
- Uma taça com água salgada para lembrar as lágrimas do povo judeu.
- Um pescoço de frango grelhado, "Zerôa" que simboliza o ante-braço do cordeiro da altura, e representa o Braço-Forte com que D-us libertou o povo.
- Um ovo cozido (Beitzá), que representa o renascimento.
- Folhas de alface, que se chamam "Moror" e representam a amargura do deserto, uma parte dessas folhas amargas serão usadas como sanduiche feita com as matzot.
- Coloca-se uma porção de "Charosset" uma papa de maçã que representa a argamassa usada no Egito para fabricar os tijolos.
- Batatas cozidas, para mergulhar na água salgada.
- Por cima das três matzot, coloca-se a Kearáh, uma bandeija especifica da Pessach, onde sao colocados os ingreientes a cima indicados.
- Para além disso é preciso, sumo de uva para as crianças e 4 taças de vinho tinto kosher para os adultos. É fundamental que seja Kosher, devido à santidade da Festa de Pessach.
O vinho é sinônimo de alegria e liberdade. Há várias explicações para as quatro taças. Entre elas, a de que simbolizam as quatro promessas de D'us de redenção descritas na Torá, com relação a libertação do povo judeu do Egito: "Eu os libertarei do trabalho no Egito; e Eu os libertarei da escravidão. Eu os redimirei com braço forte e estendido e Eu os guiarei para serem Meu povo."

domingo, 20 de março de 2011

Feliz Purim 5771 / חג פורים שמח



Neste feriado, comemoramos a salvação dos judeus cativos na Babilónia, que corriam o risco de serem exterminados por Hamã, sendo salvos pela intervenção da Rainha Esther, que era judia.
O Acontecimento está registado no "Livro de Esther", sendo um dos acontecimentos a recitação pública deste livros, para relembrar aos mais novos a história sofrida do povo judeu, que ao longo de milénios tem sido perseguido e não foram poucos os que os quiseram exterminar. O termo "Purim" que dizer sorteios, pois foi o método para o líder persa escolher o dia do extermínio dos judeus.
Para além de se ler o "Livro de Esther", distriui-se comida e dinheiro aos mais povres, doces às crianças, e festeja-se de maneira alegre, parecido ao carnaval dos países ocidentais. Daí entenderem o Purim como o carnaval dos judeus.
Um doce muito usado são os "Hosné Hamã" ou orelhas de Hamã, muito apreciado pelas crianças e não só.
Em Purim, existem 4 grandes Mitzov para o dia, que são:
1º- Ouvir a leitura pública, na sinagoga, do Livro de Ester.
2º- Oferecer comida e doces aos amigos (mishloach manot).
3º-  Praticar a caridade (matanot le'evionim).
4º- Comer uma refeição de festa (Seudat Purim). 
Meguilat Esther (Livro de Estér) e as Orelhas de Hanã.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Abominavel assassinato de família judia

O Antisemitismo continua.

Uma família foi assassinada no sábado passado, na Cisjordãnia, o mobil do crime é de fundo etnico e religioso, morreram por serem judeus. A Comunidade internacional repudiou imediatamente o ato tresloucado de fanáticos palestinianos que puseram uma vez mais em causa as tentativas de diálogo para a paz.
Não pode haver paz na política emquanto não existir paz nos corações de cada um de nós, a xenofobia, o preconceito racial, etnico, religioso e de classes é o grande motor das desigualdades, da fome, da pobreza e da guerra.
HaShem nosso D-us não permita mais que isto volte a acontecer,, mas fundamentalmente que não permita mais que o Mundo aceite como se nada fosse a morte de famílias inteiras por serem judias.
A família Foger pai, mãe e três crianças de 12, 11 e 3 anos foram barbaramente esfaqueados até à morte no Colonato de Itamar, onde antes já havia tido problemas de violencia anti-semita.

Por Filipe Leal

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ser Judeu להיות יהודי

Eu Sou judeu, nascido em Israel e tendo-a perdido,
eu a senti voltar novamente à vida, amando-a mais do que a mim mesmo.
Eu sou judeu, porque nascido em Israel e tendo-a recuperado,
quero que me sobreviva, mais viva do que eu mesmo.
Eu sou judeu, porque a fé de Israel não exige a abdicação da minha mente.
Eu sou judeu, porque a fé de Israel exige todo o devotamento do meu coração.
Eu sou judeu, porque em todo o lugar onde o sofrimento, arranca lágrimas, o judeu chora.
Eu sou judeu, porque onde há gritos de desespero, o judeu mantém a esperança.
Eu sou judeu, porque a promessa de Israel é a promessa universal.
Eu sou judeu, porque para Israel o mundo não está concluido, os homens o estão concluindo.
Eu sou judeu, porque para Israel o homem não foi criado; os homens o estão criando.


אני יהודי, יליד ישראל, לאחר שאיבד את זה,
הרגשתי את זה שוב לחיים, לאהוב אותו יותר מאשר את עצמי
אני יהודי, יליד ישראל, משום שהיא התאוששה,
אני רוצה לשרוד, חי יותר את עצמי.
אני יהודי בגלל האמונה של ישראל אינה הדרישה התפטרותו של המוח שלי.
אני יהודי בגלל האמונה של ישראל מחייבת מסירות כולו של לבי.
אני יהודי, כי בכל מקום בו סבל, דמעות להתחיל, בוכה יהודי.
אני יהודי, כי שם יש צעקות של ייאוש, היהודי מושיט תקווה.
אני יהודי בגלל ההבטחה לישראל הוא מבטיח אוניברסלית.
אני יהודי, כי עבור ישראל והעולם לא הושלמה, גברים הם לימודיו.
אני יהודי, כי עבור ישראל האיש לא היה נוצר, ועל הגברים יוצרים.

Hagadáh de Pessach (Central Conference of American Rabbis) Editora B'nai B'rith.
Retirado do livro: "A Comunidade Israelita de Lisboa" de Marina Pignatelli.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Ha Tikvah" tem origem no Portugal medieval.

      O Estado de Israel, para incutir uma maior identificação com os símbolos nacionais nas camadas jovens do país, introduziu no ensino sobre o Hino Nacional de Israel, denominado "A Esperança" HaTikvah", um dado histórico novo e curioso, e de grande importancia para os judeus portugueses e em particular os Bnei Anussim, trata-se da informação que acrescenta que o Hino de Israel tem origem em Portugal, na altura da Idade Média, visto ter sido descoberto um texto da "HaTikvah" datado dessa altura.
      Esta informação passou a ser introduzida nos manuais escolares distribuídos nas escolas seculares e religiosas de Israel, no entanto as escolas ultra-ortodoxas e árabes não aceitaram esta alteração, do lado árabe entende-se como uma propaganda sionista.
      Até aqui, entendia-se que a origem da letra e música fosse referente a tradições romenas, mas a nova informação que há raízes portuguesas derivou de um estudo que se fez a cerca deste assunto e que o resultado final será a incorporação desta informação nos manuais de várias disciplinas.
      Até agora, era aceite que a melodia teria origem numa balada do folclore da Roménia. No entanto, foi descoberta uma fonte mais antiga, num texto de do século XIV escrito com as anotações musicais da época, numa antiga sinagoga portuguesa.
      Portugal e os portugueses, estão ainda mais ligados a Israel e ao Judaísmo do que aquilo que até aqui se tem pensado.


Este artigo foi adaptado de: "Clara Mente, o blogue do Canhoto" de Gabriel Canhoto um português que se converteu ao Judaísmo, e que presta um grande tributo ao judaísmo com toda a informação acerca do processo de conversão, a vida do dia-a-dia na sociedade israelita e na religão judaica. Um blogue de excelencia vale a pena ver e aprender.
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